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domingo, 3 de junho de 2012

RUÍNAS


e amanhã o tempo era elástico e as distâncias se mediam em passos. as armaduras eram feitas de lã lapis-lazuli e as pessoas só sorriam com olhos fechados. amanhã a verdade não tinha esse caráter problemático e os consensos não estavam nem perto de ser provisórios. amanhã as recompensas eram diretamente proporcionais às esperas e o trânsito, o chefe, a chuva eram apenas coadjuvantes. amanhã os acordos eram tácitos e os encontros eram fáceis. amanhã os avós viviam pra sempre. e os cães. amanhã ninguém desaprendia a entender os silêncios e todas as músicas tinham sonzinho de piano. amanhã as palavras tinham toda a certeza e os ventos desprendiam de nós tudo que pudesse estar errado.
amanhã as paredes eram todas coloridas. amanhã você não foi embora nunca.

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