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sábado, 13 de novembro de 2010

ARMADILHAS DO TEMPO II

por Márcia Toito

Os atropelos e angústias que passamos são as Armadilhas do Tempo a nos testar. Livrar-se das amarras sem ferimentos aparentes é o que por vezes buscamos. Entretanto nem sempre é possível. As feridas ficam expostas e as cicatrizes  virão com certeza nos lembrando não apenas das dores, mas do esforço que fizemos para nos libertar.
 Quisera eu não ter armadilhas no meu tempo. Um caminho florido cheio de brisa e frescor quem é que não quer? 
Quisera eu poder te livrar ou contornar as armadilhas do seu tempo. Chegar no momento exato, desviar, encontrar a estrada vicinal o atalho da vida, desarmando  todas as arapucas ao longo da sua estrada. Seria o melhor que eu poderia oferecer para demonstrar meu apreço.
Só não sei se isto seria eficiente, pois entendo que somos feitos dos caminhos que percorremos. Está em nossa pele, em nossas linhas de expressão, no nosso olhar, dentro das nossas veias, misturado ao sangue, cada grão de poeira, cada gota de chuva ou de suor que pudemos provar durante o percurso.
Nosso caráter é testado pelas armadilhas dia após dia sem trégua. Cansados pensamos em desistir principalmente quando parece que não mais teremos flores a enfeitar o caminho. Um tombo, dois, três. Mais uma cilada, outra mina, outra e mais outra... Até quando poderemos aguentar? Não sabemos. Não podemos saber.
Nossas cicatrizes, aparentes ou não, são a prova de que vencemos as armadilhas e por mais que tenhamos sofrido a alegria da vitória e o alívio das conquistas nos fizeram prosseguir, tentar novamente e porque não dizer parar e refletir. Confirma-se então a qualidade do caráter de cada um. De qual metal precioso somos feitos.
Por mais cruel que possa parecer é pelas cicatrizes que conhecemos o lastro de cada uma das pessoas que cruzam a nossa estrada.
Sabemos e nos admiramos por saber que mesmo após tantos tombos, mesmo sentindo as marcas que as tais armadilhas deixaram, aquela pessoa tão querida, ainda continua a sorrir, a buscar horizontes. (Sei que sim. Ainda que no momento mais uma angústia permeia o sentir.)
Por isso encantam-me os reencontros, as histórias de vida que ouço. Porque por meio delas desato meus nós, livro-me das minhas armadilhas com mais facilidade me refaço e me reforço encontrando desta forma energia para o meu caminhar.

É certo que as  armadilhas do meu tempo e as armadilhas do seu tempo ainda estão a nos testar. Temos brio para enfrentar ainda mais.  Acredite! Quero ter forças para poder combater o desânimo que por vezes se instala mesmo que seja a distância, mesmo que seja em silêncio. Absorver o tanto de energia positiva que transborda nos momentos de luz. Afinal, lá adiante, um caminho florido cheio de brisa e frescor nos espera.
E quem é que não quer desfrutar?

MÁRCIA TOITO
EM 10/11/2010


TEXTO ARMADILHAS DO TEMPO I

2 comentários:

  1. Oi, Marcia.
    Eu também quero um caminho florido, mas, nos atalhos indesejados que me fortaleci. Assim mesmo, continuo preferindo uma bela e colorida estrada rss.
    Gde abraço, em divina amizade.
    Sonia Guzzi

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