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domingo, 11 de março de 2012

SIMPLESMENTE CAMINHEI




Desci à cave à procura de recordações, nada encontrei para além das emoções, chamei pelo meu nome e em resposta o ruído na rua constatei. Subi o último degrau das escadas onde fiquei no esquecimento, presa no tempo, quando as luzes se apagam e na escuridão me agarram. Tento em vão transpor aquele degrau, sem ter onde pôr os pés fico em desalento e só as mãos me seguram firmes ao topo das escadas. Findo o tempo perdido, acende-se uma luz e abre-se à minha frente a passagem secreta iluminada. Redobrei de coragem e transpus a barreira que me tinha retido ali por tempo indefinido. A passagem que me levava para lá das muralhas da cidade estava ali, estreita e iluminada, onde libertei o meu corpo do tempo que me aprisionava ao passado. Entrei no presente vestida de preto, despojada do confuso e desordenado passado vivido. Levei para lugar seguro o que me reserva o futuro. Simplesmente caminhei...


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