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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

LEMBRANÇAS

POR MÁRCIA TOITO

Quando se quer muito estar com  alguém diz-se por aí que é bom fechar os olhos e sonhar.
Soltar as rédeas da imaginação e desfrutar dos sonhos como forma de suprir ausências quase que incuráveis.
Posso fechar meus olhos sim, usar dessa estratégia para conter o que nem sempre quero evitar e preciso reviver de alguma forma.
De olhos fechados, sem nada a me esperar, fico em silêncio apenas ao som do meu pensar que busca nas lembranças o  gesto e o olhar  que a tempos não vejo de perto.
Não saberia explicar o que de especial existe nessas lembranças só sei é que me fazem bem e quando me sinto triste e sem forças é nelas que busco alívio.
Talvez eu use para alimentar meu sentir.Talvez eu tenha medo de perder tudo isso se acreditar definitivamente que o tempo não volta e que não é possível resgatar o que ficou esperando por tanto tempo para ser cuidado.
Um bem querer adiado,é assim que eu sinto você. Um bem querer que eu não pude ou não soube cuidar quando esteve por perto e que também não posso agora porque o tempo faz piada, traz de volta a vontade, o sonho, a cor, o desejo, o olhar e o gesto, mas mantém a impotência no cuidar.
Só posso sair do meu mundo e me transportar para o tempo do nada ter e do tudo querer. O tempo de brisa que passa suave apenas direcionando o caminho, aproximando as ideias, refrescando os instintos.O tempo de buscas e encontros,  de chegadas... nunca de partidas.
E  de repente esse mesmo tempo vira vento e o vento leva longe, empurra, atropela, desmonta...
Revira, acelera e atiça!
O tempo estanca o pensar nas lembranças e por meros instantes de luz pareço viver o que na verdade só consigo lembrar.

POR MÁRCIA TOITO


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