"... A sensibilidade, em mim, é uma cicatriz interna, mesmo que eu queira nunca me desgarrarei dela. Eu gosto de sentir, tocar, apreciar, compreender. Gosto do que não entendo também. E gosto mesmo. Como um desafio obrigatório a se cumprir. Ninguém vai longe sem essa vontade de sentir a tudo, em meio a tantos cheiros, a tantos gostos, tanta vontade, tantos rastros...
Tudo o que obviamente é novidade me desperta um interesse absurdo. E eu corro. Me empenho na busca de novas descobertas, antes que me perca do que me espera. As pessoas me mandam ter paciência, mas o medo sempre me deixa inquieta, sabe? Coisas bobas me causam espanto e podem ter um efeito angustiante no meu interior. Por enquanto, só conheço esse lado meu: o lado bobo, indefeso, pequeno. Nos meus pensamentos, fico desenhando momentos que desejo viver e, mesmo que não viva, terei a satisfação como recompensa pelo prazer de ter sonhado..."
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