Na busca incansável do amor, machuquei meus dedos. Ralei joelhos, espremi com toda força o coração contra a parede invisível do impossível que eu, ou desconhecia, ou não aceitava.
Por desejar tanto fazer de milhares e milhares de sonhos, uma possível realidade, estraguei possibilidades que, apesar de diferentes da magia que eu esperava, poderiam ter sido mais belas do que eu supunha.
Foi no desespero e no medo da solidão que fiquei estranhamente só. No medo de errar que eu gaguejei e perdi instantes únicos de oportunidades sem replay. Pela intensa vontade de marcar a vida com paixão, marcava compulsivamente os olhos de lágrimas. Os meus e os de tanta gente que por falta de cuidado e excesso de desejos foram submetidas ao meu amor desesperado e doente.
Foi então que percebi, que o amor não vem porque a gente deseja. Não vem porque eu desenho milhares de corações desde que aprendi a usar o lápis. O amor não vem porque eu escuto canções delirantes e recito poemas enquanto o mundo continua girando com estranha velocidade. Ele não vem porque eu imagino que seja merecedora. E ainda mais, percebi que ele não fica apenas porque de alguma forma, ele veio até mim. A estadia é mais embaraçosa do que a viagem até aqui. Permanecer é um estado quase violento ao amor. Ele não fica só porque você reservou espaço. Nem porque preparou passeios agradáveis ou mudou toda a mobília de acordo com a cor que para ele era mais interessante.
O amor fica se assim for desejo dele. Amar é não ter esperança nenhuma e ainda assim viver e sentir com tamanha intensidade que não lhe caiba no próprio peito. Amar é não planejar, não burlar, não forçar a barra ainda que escondida de boas intenções. Amar é nunca saber de onde o amor vem e se amanhã estará, e não cobrar nada por isso porque o amor não é contrato.
É se doer inteiro na ansiedade da sua chegada, se doer inteiro na sua possível partida, mas não tentar mudar a ordem natural das coisas. É sentir, sem criar correntes, ainda que imaginárias.
Já que o amor permanece ou parte, independente de nós.
Por desejar tanto fazer de milhares e milhares de sonhos, uma possível realidade, estraguei possibilidades que, apesar de diferentes da magia que eu esperava, poderiam ter sido mais belas do que eu supunha.
Foi no desespero e no medo da solidão que fiquei estranhamente só. No medo de errar que eu gaguejei e perdi instantes únicos de oportunidades sem replay. Pela intensa vontade de marcar a vida com paixão, marcava compulsivamente os olhos de lágrimas. Os meus e os de tanta gente que por falta de cuidado e excesso de desejos foram submetidas ao meu amor desesperado e doente.
Foi então que percebi, que o amor não vem porque a gente deseja. Não vem porque eu desenho milhares de corações desde que aprendi a usar o lápis. O amor não vem porque eu escuto canções delirantes e recito poemas enquanto o mundo continua girando com estranha velocidade. Ele não vem porque eu imagino que seja merecedora. E ainda mais, percebi que ele não fica apenas porque de alguma forma, ele veio até mim. A estadia é mais embaraçosa do que a viagem até aqui. Permanecer é um estado quase violento ao amor. Ele não fica só porque você reservou espaço. Nem porque preparou passeios agradáveis ou mudou toda a mobília de acordo com a cor que para ele era mais interessante.
O amor fica se assim for desejo dele. Amar é não ter esperança nenhuma e ainda assim viver e sentir com tamanha intensidade que não lhe caiba no próprio peito. Amar é não planejar, não burlar, não forçar a barra ainda que escondida de boas intenções. Amar é nunca saber de onde o amor vem e se amanhã estará, e não cobrar nada por isso porque o amor não é contrato.
É se doer inteiro na ansiedade da sua chegada, se doer inteiro na sua possível partida, mas não tentar mudar a ordem natural das coisas. É sentir, sem criar correntes, ainda que imaginárias.
Já que o amor permanece ou parte, independente de nós.
Camila Heloíse
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