Imagem: "Folha no redemoinho", por Francisco Donadio.
(www.flickr.com)
A chuva insistente lá fora é a mesma que trago aqui dentro
Inunda os jardins dos sentidos, faz poças de angústia na alma
Encharca a beleza da vida, transborda nas calhas do tempo.
Traz à tona lembranças que há muito pensei enterradas.
Um redemoinho de sensações e lá vou eu novamente me afogar de sentir.
Buscar abrigo, aconchego e calor esperando a chuva passar.
Pelo vidro embaçado vejo o estrago lá fora
Percebo, então, a avalanche que se forma aqui dentro.
O quanto de mim estará exposto e sem proteção quando for preciso sair
e enfrentar o estrago das águas.
É...eu se que a chuva é bendita e faz brotar as sementes
Mas não gosto quando chove tudo de uma só vez
O que planto se perde e não raro fará floresta em outro lugar.
Márcia Toito
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