SIGAM-ME OS BONS

A QUEM POSSA INTERESSAR

A maior parte dos textos aqui citados (por razões óbvias) não tem a autorização prévia dos seus legítimos proprietários. Entretanto, o uso neste blogue deve-se apenas a razões estritamente culturais e de divulgação, sem nenhum objetivo comercial, de usurpação de autoria e muito menos de plágio. A administradora do ARMADILHAS DO TEMPO pretende apenas expressar a sua admiração pessoal pelas obras e pelos autores citados, julgando assim contribuir para a divulgação da arte, da literatura e da poesia em particular. A ADMINISTRAÇÃO DO ARMADILHAS DO TEMPO respeitará inteiramente a vontade de qualquer autor que legitimamente manifeste a vontade de retirar qualquer texto aqui postado.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

NEM PENSAR...



Lá, onde dói, é onde devo de ir para ver e arrancar a lança da minha angústia. São os meus “nem pensar” que devo repensar em nome da vida que quero para mim. É a minha felicidade submersa que o exige. Tenho a sensação de a procurar no escuro de luz apagada. Porque eu gosto dos caminhos difíceis. Aqueles mais compridos que dão a volta e me trazem ao mesmo lugar. Que me cansam até deixar de perceber a diferença entre viver e apenas respirar. Se não gostasse, há muito teria acendido a lâmpada que trago nas mãos. Mas nem pensar em iluminar certos espaços. Porquê? Porque dói revelar as fendas, as fugas e as falhas da minha casa, afinal, imperfeita.


Certas coisas e palavras que nem pensar em fazer ou dizer. Algumas pessoas a quem nem pensar em pedir o que quer que seja. Mesmo que precise muito. Desculpas e obrigados que nunca atravessaram a barreira entre a cabeça e os lábios porque nem pensar em proferi-los. Dúvidas que nem pensar em esclarecer. Fraquezas que nem pensar em mostrar que tenho. A fragilidade de mulher que nem pensar em admitir. Estes sentimentos agarrados à minha humanidade que nem pensar em partilhar...

Lá, onde dói, é para onde me dirijo porque Tudo o que há sou Eu e Eu sou Tudo o que há. A faca que fere e o golpe que sangra. As costas e o chicote. No fim temo-me apenas a mim mesma.

Eu sou a que se vê a ser também o que não é e que decide Mudar. A que se silencia para se ouvir. Quieta para sentir de onde vem a dor. Reconhecê-la. E depois… apagar o “nem pensar” e escrever “porque não?”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário