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sábado, 19 de novembro de 2011

SEM DEFESA....




A porta foi fechada. Mas fiquei ali por alguns instantes, esperando que ela se abrisse. Acostumada à falta de modos, me encantei com o jeito educado daquele rapaz. Ergo a alma para o passado. E te contemplo imóvel. Mas você não retribui o gesto. A chuva aumenta. O vento me arrasta pelas escadas. Afasto-me pelas ruas da solidão. E me lembro de não forçar a manivela da porta. Teu silêncio está escrito numa folha quase transparente de papel. Preciso colocá-lo contra a luz para que eu consiga decifrá-lo. Apalpo serena meus bolsos. As armas ainda estão no mesmo lugar. Mas quando eu as aponto para os seus olhos, fico sem defesa.

Pipa

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