SIGAM-ME OS BONS

A QUEM POSSA INTERESSAR

A maior parte dos textos aqui citados (por razões óbvias) não tem a autorização prévia dos seus legítimos proprietários. Entretanto, o uso neste blogue deve-se apenas a razões estritamente culturais e de divulgação, sem nenhum objetivo comercial, de usurpação de autoria e muito menos de plágio. A administradora do ARMADILHAS DO TEMPO pretende apenas expressar a sua admiração pessoal pelas obras e pelos autores citados, julgando assim contribuir para a divulgação da arte, da literatura e da poesia em particular. A ADMINISTRAÇÃO DO ARMADILHAS DO TEMPO respeitará inteiramente a vontade de qualquer autor que legitimamente manifeste a vontade de retirar qualquer texto aqui postado.

sábado, 10 de setembro de 2011

TERAPIA...




Há de querer ser leve, assoprada, bailarina. Dente-de-leão dançando no vento, voando sem pressa e sem saber aonde vai — e aonde quer — chegar. Frágil menina forte, que disfarça a fragilidade e os medos infantis nos risos de mulher suficiente, competente e dependente, escondendo por detrás dos passos firmes a carência, as paixões e as necessidades, que vão além de um copo d’água e de comida frequente. Tem-se sede de amor, de carinho tempo inteiro, de toque e mais toque e um pouco mais de toque, só para não faltar. Necessário ser presente, fazer-se presente e doar-se presente, desejá-la com leveza e segurá-la como se pudesse quebrar. E pode. É moça de porcelana, de vidro por vezes, tamanha capacidade que tem de deixar transparecer, por mais que sempre e sempre e todavida tente disfarçar. Leitura fácil e singela, basta penetrar o olhar e fazer coceiras na alma. Tudo se revela num desviar de olhar, que enrubesce e que cala falando mais do que poderia — e deveria — contar. E se permite, e deixa ser levada e envolta e segura, e desfalece em braços que sabem o que querem, em corpos que dizem mais do que a boca, em beijos que revelam segredos e em danças sem músicas, ritmadas alternadas, num desfecho digno de star. E chove purpurina e o céu se torna particular e dela, todo dela, pronto para lhe levar e assoprar e permitir que seja, que voe, que chova. Que vá parar nalgum lugar. E vai, fugindo, sentindo, amando, sendo toda-toda e pedindo pra ficar...



PALAVRAS E SILÊNCIO

Nenhum comentário:

Postar um comentário