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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

AR

Eu sempre soube que as grandes chances trazidas até nós podem se deixar levar, tristemente pueris, até pelo mais tênue sopro de brisa da manhã que desperta do profundo silêncio.

Eu procurei por você nas ruas das cidades esquecidas, no fruto mais deslumbrante no alto da árvore,  em um mundo grande demais para se compreender.

Eu procurei por você.

Em linhas pontilhadas do asfalto vazio e impiedoso, nas minúsculas flores despetaladas que se renovam em um eterno ato de voltar a viver e num traço perfeito de giz suavemente guiado pela água das chuvas.
Eu procurei por você, com os pensamentos ressoando em cada canto das largas avenidas, numa canção composta de silêncio, no leito onde deslizam frias e cheias de graça correntes hibernais.

Eu sempre soube que as grandes chances podiam se afastar para um lugar onde alma alguma as pudessem seguir, minguando de repente como o instante em que se percebe que o caminho é muito longo e seus pés estão fracos demais para trilhar.

Em uma próspera  árvore, amor, da qual um dia desses,  simples e inesperadamente, centenas de pássaros alçaram voo
 
Bárbara M.P.
 
fonte: AQUI

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