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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O ANTICAMINHO


Já imaginou quantos sonhos enterrados existem por aí? Quantos objetivos não alcançados, quantas metas não atingidas, quantos relacionamentos não consolidados? Quantos grandes projetos não saíram do papel, quantas grandes realizações não existiram? Quantos livros não foram escritos, músicas deixaram de ser compostas, filmes não filmados? Enfim, já parou pra pensar que talvez algo que realmente mudasse a vida de muita gente simplesmente ainda não aconteceu? E o motivo desses assassinatos de grandes potencialidades é um só: a desistência.
Mas você não precisa ir tão longe e muito menos pensar na coletividade. Pense em você. Olhe pra você. Será que algo que mudaria sua vida ou mesmo faria você um tiquim mais feliz simplesmente não aconteceu (ou ainda não aconteceu) porque você jogou a toalha, foi pro vestiário e resolveu não voltar pra jogar o segundo tempo?
Tudo bem que os primeiros minutos não foram nada animadores. Você não conseguiu tocar na bola, a marcação estava cerrada e o adversário conseguiu marcar uma quantidade de gols de envergonhar a história futebolística. Mas quem disse que, no segundo tempo, com “sangue nos olhos”, você não conseguiria mudar a história, marcar todos os gols necessários e sagrar-se campeão? Ou ao menos, quem sabe, você lutaria com afinco e, mesmo perdendo, sairia com um sorriso no rosto? Afinal, lutou até o fim. Mas infelizmente você nunca vai saber, afinal, jogou a toalha e desistiu do jogo antes do último apito.
É, meus amigos, enterramos, assassinamos ou eliminamos tantas coisas por não persistir. A desistência é o caminho natural e mais fácil. Você não precisa injetar energia pra que ela aconteça. Não precisa esforçar-se e muito menos empenhar-se. Basta decidir e pronto. Desistiu.
Já a persistência é o anticaminho, é o nadar contra a corrente, é o subir as corredeiras. Ela nos cansa, nos suga. Ela faz o suor brotar no rosto, o choro nos olhos, o palpitar no coração. Ela é o lutar contra a nossa vontade natural, contra os primeiros desejos. E, exatamente por isso, ela precisa ser consciente e deve ser, o tempo todo, reavaliada e reimplantada.
Se os caminhos são diferentes, os resultados também o são. Enquanto a desistência nos leva pro caminho óbvio, a persistência nos entrega um caminho surpreendente. Enquanto a desistência é aquilo que há de mais comum, a persistência é o assombro, o encantamento. O brilho nos olhos de quem sabe que, mesmo com um placar contrariamente arrasador no primeiro tempo, voltou pro segundo disposto a lutar. E, se possível, ganhar.
Se a vitória no jogo aconteceu ou não, são outros quinhentos. Mas a batalha pessoal, essa sim, foi vencida. Afinal, a persistência nos permite vencer nosso maior adversário: nós mesmos!
Renata Cabral

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