Tudo está tão pequeno, tão endurecido. E um resto de abraço canta insatisfeito do outro lado, magoado. E sobra tanta estrada. Tanta história. Sobra uma vontade enorme de continuar lá fora, esmiuçando as mensagens. Uma vontade enorme de colocar a intuição pra pegar o atalho errado. Eu queria compor uma desculpa com toda essa ausência mas, o que realmente importa é o detalhe, é a presença, a diferença. E cada canto desse dia ainda fala a língua de um vazio que não se reinventa. Fala tanto que demora. Fala tanto que devora. Fala tanto que transborda e adultera a maturidade dos meus próximos sentidos — eu já nem (res)sinto mais.
Priscila Rôde
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