existem coisas a serem ditas
depois de uma chuva quente.
existe um arrepio na pele
e um novo repertório de palavras;
o vocabulário da vida cresce.
a postura de oradora ganha corpo,
o vento fresco oferece muito;
dá à superfície espontaneidade,
engrandece os braços
e faz dos passos largos passos
mas um medo de dizer tudo,
um medo de escorregar na poça fria
e de bater no chão os cotovelos
engole as palavras e as volúpias
do banho quente e do sopro,
e tece nos azulejos manchados
um silêncio desinteressante,
comum como o quê.
esse silêncio de tudo que se quer dizer.
Débora Didonê
http://didoneante.blogspot.com.br/
depois de uma chuva quente.
existe um arrepio na pele
e um novo repertório de palavras;
o vocabulário da vida cresce.
a postura de oradora ganha corpo,
o vento fresco oferece muito;
dá à superfície espontaneidade,
engrandece os braços
e faz dos passos largos passos
mas um medo de dizer tudo,
um medo de escorregar na poça fria
e de bater no chão os cotovelos
engole as palavras e as volúpias
do banho quente e do sopro,
e tece nos azulejos manchados
um silêncio desinteressante,
comum como o quê.
esse silêncio de tudo que se quer dizer.
Débora Didonê
http://didoneante.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário