É inevitável.
É certo. É fatal.
E ainda assim eu vejo razões pra negar, pra não aceitar.
Por que com ela? (por que comigo?)
Por quê? Por quê?
...
Porque esse espaço que se aprofunda nunca se pronunciou tanto
Nunca disse que sempre foi tão seu
E que você sempre esteve tanto em mim...
Eu fui tanto de você...Tanto, tanto.
Enquanto a minha vista se turva pelas lágrimas persistentes e eu luto contra elas, eu tenho a dimensão exata (no meio de tanta abstração) do quão só e sua eu sou.
Tem você no som que ainda ecoa
No meu riso, no meu choro
Na minha solidão, você esteve
Tem você no meu mau-humor da manhã, meu antídoto, minha alegria
Tem você em mim, enfim
E ainda que o meu lado racional teime em tentar me convencer de que foi melhor assim, com o clichês de sempre; esse outro lado (o que deixa as lágrimas escaparem) é egoísta, uma criança ainda. E não quer que a brincadeira acabe assim tão já.
Mas só os clichês são verdade.
E a verdade é gente-grande, o tempo é implacável e a ausência, cáustica.
A minha pequenez me fustiga agora. Minha impotência: causa e conseqüência.
Quem foi que disse que amor rima com dor?
- Não rima.
Por isso os meus versos são brancos: de luto.
Eu, no meio deste turbilhão, só posso esperar. Uma hora a dor cansa de doer, não é mesmo?
..é que eu não tenho essa força, inversamente proporcional ao seu tamanho, minha pequena.
Eu sou quase nada.
Flávia Viduedo
NA FOTO: FLÁVIA VIDUEDO
Um jovem talento. Uma grata surpresa.
Linda postagem.Parabéns a você por ter postado tão lindo poema e a autora Flávia Viduedo pelo talento e beleza de alma capaz de transmitir tantos sentimentos poeticamente.
ResponderExcluirFelicidades sempre.Bjs no coração Eloah
Flyzuda arrasando!! Muito bom mesmo!!
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