Certa feita me perguntaram se eu já havia vivenciado alguma experiência sobrenatural ou inexplicável.
Sim, muitas e muitas vezes e das formas mais insólitas.
Algumas delas prefiro guardar para mim, até porque,
sempre fico em dúvida se não são frutos da minha fértil imaginação. Mas o que narro abaixo é uma experiência singela e não tão insólita assim. Provavelmente já tenha sido vivenciada por você que está lendo este texto e gosta de plantas.
Tenho um pequeno quintal com uma variedade de quinze plantas
diferentes e, diariamente, seja pela manhã ou à noitinha,
nós batemos um papo. O pé de azaléa costuma carregar todos os anos e eu espero ansiosamente por vê-lo transformado numa exuberante tela cor de maravilha.
Este ano o danadinho não carregou. Olhava os jardins das praças e via todos os pés cheinhos. Chegava em casa e o meu...
só folhas verdes e velhas, como se fosse secar.
Nenhum sinal - nenhum mesmo - de que ele daria alguma flor.
Lembrei-me que ao lado dele eu havia plantado um pé de romã e que, na sua base, havia nascido um pé de guiné, sem que eu tivesse plantado. Então imaginei que meu pé de azaléa deveria estar sentido e solapado pelo vigor das outras plantas ao lado.
Pela tardinha fui ter com ele e, afagando suas velhas folhas sem floração eu disse o seguinte:
- Pôxaaa! O que se passa com você? Por que está tão triste este ano? Cadê minhas lindas azaléas? Não posso arrancar as outras plantinhas... eu as amo também, embora você seja a minha favorita. Mas não conte isto para as outras. Não quero ciúmes por aqui, tá?
Bem... acredite se quiser. No dia seguinte quando abri a janela, havia uma azaléa aberta e viçosa olhando para mim.
Foi a única que nasceu como que do nada.
Entendi duas coisas:
Primeiro, que meu pé de azaléa juntou todas as suas forças durante a noite para presentear-me com uma única flor pela manhã.
Segundo, que o amor é realmente uma linguagem universal
Fátima Irene Pinto
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