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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O LIMITE DA PACIÊNCIA


(desconheço a autoria)

A paciência é muito importante, sem dúvida, mas ela foi supervalorizada pela formação judaico-cristã, por motivos óbvios: facilitar o domínio e estender a passividade.Tanto é que as religiões sempre a colocaram como “a mãe de rodas das virtudes” ou a “soberana entre as qualidades”. Quando não é nada disso! Paciência é uma estratégia comportamental inteligente para ser aplicada quando precisamos conviver com uma situação a qual ainda não entramos em tolerância ou compreensão.
Ela é tão mal entendida que as definições dos dicionários acabam por não dizer nada ao colocar”qualidade de ser paciente”. Ah! Muito obrigada, mas isso nada acrescenta...Paciência, na verdade, é saber esperar o curso natural das coisas e entender que existe um ritmo próprio regendo todas as identidades que se movem no mundo e que, justamente por serem identidades, são diferentes. E ainda, de que existe um desenvolvimento para cada coisa e situação que possuiu um ponto de mistério: os porquês do tempo de giração da terra e os nove meses para o nascimento.O grande engano em relação a ela é justamente achar que se trata de uma atitude que acaba por embotar nossas ânsias e propostas em nome dos ritmos externos. Não é de jeito nenhum engolir sem deglutir o que nos é aversivo.Isso acaba co a nossa auto-estima e o nosso auto-respeito. Para que haja uma paciência, digamos assim, proveitosa, é preciso que o outro ou a situação nos dê algum argumento, um pouco de esperança. Temos paciência em nome de um resultado, não necessariamente em nosso favor, mas do próprio conjunto.
O limite da paciência está na hora em que não podemos contribuir para o respeito ao ritmo do outro e passamos a atravancar o nosso. Enquanto houver movimento, seqüência, uma promessa de resultado, vale a pena o recurso da paciência. Mas quando as situações se perenizam, se repetem, você percebe que nada vai mudar apesar do seu esforço, está na hora de dar um basta, de interromper. Senão, é prejuízo da sua própria individuação, quebra daquele compromisso sagrado que remos conosco de nos dar continuidade. Eis porque é preciso estar atento e ao mesmo tempo aberto Às fragilidades comuns. Paciência é muito importante e benéfica, mas tem limite, sim. 



sem indicação de  autoria

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