Assiste-me por vezes uma dificuldade em perceber até que ponto existe ignorância, ou se, por outro lado, estamos perante alguma artimanha dissimulada, muito proveitosa, quando o que trata é desenrascar. Não me apraz propriamente cometer injustiças, falsas avaliações, precipitações previsíveis de quem já leva uns anitos disto, e não acredita na terra do nunca, que para quem não sabe é uma terra que existe por aí, onde dizem haver pequenos seres e outras coisas que eu não conheço. Posto isto, e por uma questão de princípio, não vá eu, maléfica, terrífica, entrar em juízos desajeitados, totalmente impróprios em algumas situações, tenho por hábito acolher as mentes alheias e desconhecidas inundada de vontades sadias, bons pensamentos, boas energias, enfim, tudo de bom. É um esforço por vezes desumano, acreditem, mas que faz parte da minha abordagem ao mundo. Talvez por isso, ou talvez até talvez nem fique bem, o melhor será dizer que é mesmo por isso, que tenho alguma dificuldade, ou pronto, uma dificuldade séria, de que me ajuízem frivolamente, e se deixem inundar de avaliações precipitadas, muitas das vezes sem fundo de verdade. Logo a mim, uma pobre criatura que em tanto se esforça, com o objectivo de tal injustiça nunca cometer. É muito mais fácil, bem sei, mas viver neste mundo não é propriamente pêra doce. Precisamos, e em nome do saber viver, de uma dose considerável de boa vontade. Ou isso, ou vamos por cá andando de pé atrás, coisa que convenhamos, não nos leva a grandes impulsos para a frente. E quanto a mim, só para quem não sabe, podeis ficar tranquilos. Sou boa pessoa, não cato ninguém pelas costas. E pela frente, também vos posso dizer que será coisa difícil, de se dar em ocorrência. Quanto ao facto de ser defeito ou qualidade, falemos depois. Um dia destes, ou assim.
CF
BLOG: UMA MULHER NÃO CHORA
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