
Disparei o coração
na fluência do tráfego,
bem na hora do rush.
Lancei meu sorriso aos pombos,
numa dessas tardes de domingo.
Dissolvi oração e silêncio
nos braços constelados de carências.
Crivei o olhar de canções tristes
e me alastrei sobre nostalgia.
Mas não se engane comigo,
rasgo o invólucro. Deslindo-me:
é só a minha punção de mártir
em busca de um outro passatempo para o corpo.
Fabrício Franco
LOGOMAQUIA
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