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terça-feira, 20 de setembro de 2011

QUANDO O SILÊNCIO RASPA O VIDRO DA JANELA...


Tive uma amiga que ambicionava escrever
poemas de silêncio
trabalhou muito até que conseguiu
organizar numa mesa de vidro transparente
doze folhas brancas de papel em branco
com uma joia em cima de cada uma
para cada amigo receber
o seu poema de silêncio
quando fosse encontrada no robe branco
da morte branca que nos oferecia
Cheguei a tempo de salvá-la
fizeram-lhe a lavagem ao estômago
não me perdoou a alma mal lavada
nunca mais nos vimos
viaja agora de país em país
sem joias sem poemas sem amigos
e telefona-me às vezes depois da meia-noite
quando o silêncio raspa o vidro da janela
Helder Macedo

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