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sábado, 23 de julho de 2011

O TEMPO

O tempo foge muito, quase como se o pegássemos, o metêssemos debaixo dos braços e o quiséssemos só para nós. Não queremos, engano dele, inundado em presunção, que vai-se a ver, e se nos brindasse com uns resquícios de sol, distribuiríamos sorrisos encalorados, ao invés de amendoins com sal, pipocas doces, livros de histórias e cartas de jogar. Assim, os sorrisos saem-nos brancos, pintados a gulodices e a fotos velhas, retiradas do armário, vindas emolduradas em álbuns de capa dura, onde apareço inundada a cores garridas, entre camisolas de tricot, feitas por mãos de amor, e vestidinhos de nuvens rosa, cheinhas de sonhos. O cão lambe-nos sempre que pode, que a família toda junta nem sempre se apanha, ainda para mais com sabor a sal. Os banhos de mar escasseiam, que entre a cinza do tempo, as ondas grandes e o gelo da água, a vontade acalmou. Restam-nos os sorrisos de todos, por demais habituados a surgir em toda a hora, que continuamos a colorir a cada dia, com uns pincéis baptizados de nomes doces, tal como beijos, festas e palavras de aconchego. Não ainda não voltei. Até já...


C.F.
UMA MULHER NÃO CHORA

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