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terça-feira, 24 de maio de 2011

TERCEIRA NOITE


Trago em mim
um punhado de lembranças
que servem apenas para enfeitar
móveis e paredes com seus objetos
onde além da poeira, acumulam-se também: 
sorrisos (alguns) – lágrimas (muitas)
E algumas ambições vazias…
Meu rastro ficou na última esquina
onde antes havia uma menina
Que escrevia versos, como se fosse poeta,
narrando uma vida tão antiga quanto a minha!
Ontem pela manhã eu corria pelas ruas
Subia em árvores, cobiçava horizontes
Mas hoje, o que sou, ignora o que foi movimento
E sente saudades daquele menina que inventava primaveras!
A noite de hoje, me pega pelo braço
Se faz inverno, me manda para dentro
Onde o medo se aconchega pelo avesso
O coração se acovarda
A alma se apega aos pretéritos 
E suas esquinas de sol e cores…
Eu só tenho sombras, tudo mais é memória gasta!
Trago em mim
Essa lembrança vã de ter asas e voar, 
…por cima de todas as coisas humanas
Numa espécie de desenho que permanece
Enquanto o resto se apaga!
Lu Guedes

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