SIGAM-ME OS BONS

A QUEM POSSA INTERESSAR

A maior parte dos textos aqui citados (por razões óbvias) não tem a autorização prévia dos seus legítimos proprietários. Entretanto, o uso neste blogue deve-se apenas a razões estritamente culturais e de divulgação, sem nenhum objetivo comercial, de usurpação de autoria e muito menos de plágio. A administradora do ARMADILHAS DO TEMPO pretende apenas expressar a sua admiração pessoal pelas obras e pelos autores citados, julgando assim contribuir para a divulgação da arte, da literatura e da poesia em particular. A ADMINISTRAÇÃO DO ARMADILHAS DO TEMPO respeitará inteiramente a vontade de qualquer autor que legitimamente manifeste a vontade de retirar qualquer texto aqui postado.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

DA SOLIDÃO E A INERÊNCIA DA DOR




solidão dói :
no meio da praça deserta
na manhã oprimida e dispersa
dói convertendo em dor
o pulsar insistente
do desejo afogado de coração boiando
quase inerte
na maresia do banco de espera
concreto e frio
do meio do espaço.

a solidão dói no quarto
 a solidão dói na rua
 dói debaixo do guarda-chuva
e torna a doer na cama vazia
no banheiro de chuveiro elétrico
dói dentro do ônibus coletivo
dentro dos vãos de uma aglomeração
e onde a gente sequer escolhe.

A solidão dói sozinha
 [ressentida]
dói com música
 dói com livros na estante
com passos de danças perdidos na sala de estar
e dói até falando sozinha frente ao espelho embaçado do guarda-roupa

dói na despedida
e também na chegada.

dói a dois e a três,
todavia
preferencialmente
a solidão dói sozinha
intrínseca a corações apertados
espremidos em dor de querer
estar perto

a solidão dói
 
 
Deisiá
 
 
E COMO DÓI...
M.TOITO

Nenhum comentário:

Postar um comentário