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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

REFLETINDO

POR MÁRCIA TOITO

Já fiz com e por você muito mais do que poderia sonhar
Mais do que planejei.
Fui além de tudo que pude pretender
Reservei pensamentos e ações baseados
Na existência de um apreço que não pode ser comparado com nada
Pois que resiste além de toda e qualquer decepção.
Vive além do possível e insiste numa sobrevivência injusta e ingrata
Diante das belezas que um gostar pode provar, merecer e oferecer.
Permaneço por você na sanidade da alma
Na decência das idéias, na prudência dos gestos.
Intensifico a moderação no falar, pois sei o quanto
O excesso de palavras pode corromper o que de melhor
Pode haver na pureza de um sentir.
Quem pode apreçar minhas dores?
Quem pode apressar o tempo que marca a constância
De todos os afetos e grita incessantemente
O findar dos desejos utópicos, das carências mal contidas,
Das ilusões verdadeiras...
Vivo por você uma alegria possível que me permite caminhar ainda que sem rumo esteja
Meu coração, ainda que ferida esteja minha imagem diante do que sempre quis preservar.
Acato todas as minhas culpas.
Revejo todos os meus critérios e valores
E  nada disso muda meu sentir .
Existe uma constância de vontades que não se altera com a distância,
Nem com as reflexões...
É mais forte do que minha razão pode compreender
Melhor do que minha emoção consegue assimilar...
É por isso que me entrego à impotência
E recolho-me. Não sei mais o que dizer, nem o que pensar...
Dói demais não saber-te perto
Nem de corpo, nem de idéias
Nem ao menos em intenções.
É sem graça não saber o que vai no seu coração,
Não participar de suas conquistas e desabafos.
Injusto ter vergonha de tudo o que foi revelado
Se foi esta única forma que encontrei para te proteger.
Não há nada para ser entendido
Nenhuma dívida a ser paga.
O que existe sim é o carinho e a vontade de estar por perto,
Fazer sorrir e chorar por coisas bonitas
e tudo isso está repleto de possibilidades.
Acho que no fundo, é esse meu sonho: que o possível supere
Por excelência e mérito o gostar imprudente que não poderia
Ser vivido mesmo que fosse recíproco.

Márcia Toito


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