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sábado, 8 de janeiro de 2011



Não me perguntem nada
As horas, como todas as coisas mundanas
Têm uma hora em que acabam
Em que fechamos a porta e guardamos a chave
Apagamos a lâmpada
Num gesto suave
E confiamos na sorte que engana
Desisto de qualquer direito
A uma casa que não é minha
Aos vizinhos que não tenho
Da solução da adivinha
Não perguntem o que levo ou deixo
Ou mesmo se me treme o queixo
Não interessa, ora essa
Perguntem apenas se o caminho é largo
Ou estreito
Não me perguntem o que levo na mão
Ou se levo algo
Se vou pela sombra ou pelo sol
Perguntem apenas o que levo no coração
Ou se sigo o canto do rouxinol
Raul Alberto Cordeiro

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