Pra onde vão os sonhos-não-realizados da gente? Não são pequenos, não caberiam em qualquer lugar. Mas a gente costuma guardá-los em caixas coloridas, pedrinhas, papéis, nos pés de Santo Expedito...Quinquilharias que seguram um tempo de lembranças.Alguns se vão. Alguns se esquecem. Outros são roubados. Ou eternos sonhos-crianças que brincam de esconde-esconde com o destino.
Tem alguém ai que se responsabiliza por eles não terem dado certo? Tem. ô se tem! Rabisquei os contornos do último sonho num papel. Coloquei-o embaixo do pé de São Francisco. Não teve salvação. Muito menos milagre.Talvez fé pouca ou uma vontade maior que não era pra acontecer. Não pensem que sou desalmada, longe disso! Tive muito zelo e esperança, mas ele não saiu detrás da porta do céu pra vir na minha direção. Nem sei ao menos pra onde foi.
Há outros sonhos que aguardam sua hora de sairem das minhas mãos. Dos males o menor. Mas não há preocupação por dentro. Uma força maior age e move o que me é precioso. Não sei se fé, amor em demasia ou meu anjo da guarda é encantado por mim... Meu coração é de diamante. Resiste esperançoso, sereno e confiante. Uma paz me move, essa linguagem de sinais sem códigos
Vanessa Leonardi
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