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terça-feira, 28 de dezembro de 2010



Não precisa bater quando chegares. Toma a chave de ferro que encontrares sobre o pilar, ao lado da cancela, e abre com ela a porta baixa, antiga e silenciosa. Entra. Aí tens a poltrona, o livro, a rosa, o cântaro de barro e o pão de trigo. O cão amigo pousará nos teus joelhos a cabeça. Deixa que a noite, vagarosa, desça. Cheiram a relva e sol, na arca e nos quartos, os linhos fartos, e cheira a lar o azeite da candeia. Dorme. Sonha. Desperta. Da colméia nasce a manhã de mel contra a janela. Fecha a cancela e vai. Há sol nos frutos dos pomares. Não olhes para trás quando tomares o caminho sonâmbulo que desce. Caminha - e esquece.
Guilherme de Almeida

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