SIGAM-ME OS BONS

A QUEM POSSA INTERESSAR

A maior parte dos textos aqui citados (por razões óbvias) não tem a autorização prévia dos seus legítimos proprietários. Entretanto, o uso neste blogue deve-se apenas a razões estritamente culturais e de divulgação, sem nenhum objetivo comercial, de usurpação de autoria e muito menos de plágio. A administradora do ARMADILHAS DO TEMPO pretende apenas expressar a sua admiração pessoal pelas obras e pelos autores citados, julgando assim contribuir para a divulgação da arte, da literatura e da poesia em particular. A ADMINISTRAÇÃO DO ARMADILHAS DO TEMPO respeitará inteiramente a vontade de qualquer autor que legitimamente manifeste a vontade de retirar qualquer texto aqui postado.

sábado, 13 de novembro de 2010



"teus olhos lembram sempre aqueles velhos faróis. no fim da tarde, quando a noite começa a ensaiar sua dança azul marinho no rito de passagem das estrelas, os vejo bem melhor. sinto uma saudade profunda e me vejo roubado pela luz. é assustadora a nitidez com que a vida me passa inteira diante dos olhos, chega a me tirar do chão. sinto um tênue fio a me segurar na beira de um abismo. arrumo sempre a desculpa boba de que estou quase a cair para segurar tua mão. isso me conforta e silencia algumas dores. mas sempre quando olhas para o lado você a solta, então eu caio em meio a vastidão do mundo, no desamparo de não ser. mesmo quando vais embora é sempre você esse peito morno onde adormeço, esse corpo que navego sem a previsão de fim. e mesmo quando a palavra falta, você sempre dá um jeito de inventar braços e viajar até o meu mundo para me abraçar."
Lá do blog Coisas do Chão

Nenhum comentário:

Postar um comentário