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domingo, 7 de novembro de 2010

Parece mesmo que vem chuva

Banho morno na banheira
ensopado cozinhando na panela
alvoroço nas folhas da palmeira
vento sul entrou pela janela
antes do almoço, uma bagaceira
a tarde chegou num barco à vela
 
Parece mesmo que vem chuva
doce de banana com canela
na fruteira, um cacho de uvas
desenho inacabado numa tela
esquecido na cadeira, um par de luvas
sente saudades das mãos dela
 
Bule de café na mesa, cesta de pão
um vaso de rosas amarelas
cachorrinho dormindo no chão
o livro de sonetos de Florbela
noite no meu quarto, solidão
um rosto de mulher numa aquarela

  Sílvio Ribeiro de Castro

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