SIGAM-ME OS BONS

A QUEM POSSA INTERESSAR

A maior parte dos textos aqui citados (por razões óbvias) não tem a autorização prévia dos seus legítimos proprietários. Entretanto, o uso neste blogue deve-se apenas a razões estritamente culturais e de divulgação, sem nenhum objetivo comercial, de usurpação de autoria e muito menos de plágio. A administradora do ARMADILHAS DO TEMPO pretende apenas expressar a sua admiração pessoal pelas obras e pelos autores citados, julgando assim contribuir para a divulgação da arte, da literatura e da poesia em particular. A ADMINISTRAÇÃO DO ARMADILHAS DO TEMPO respeitará inteiramente a vontade de qualquer autor que legitimamente manifeste a vontade de retirar qualquer texto aqui postado.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

HABITAR O FLAMENCO

 
NA FOTO: ELIETE GOUVEIA

Como se habita uma cidade se pode habitar o Flamenco
com sua linguagem, seus nativos, seus bairros, sua moral, seu tempo.

A linguagem: falar com coisas e jamais por oito
mas do oitenta;

Seus nativos: toda gente que existe espigada e morena;

Seus bairros: todos os sotaques e que se divide os acentos;

Sua moral: a vda que se abre e se esgota num instante intenso;

Seu tempo: borracha que estica em segundos de passar lento,
lento de sesta, sesta insone em que se está aceso e extremo.

João Cabral de Melo Neto

Nenhum comentário:

Postar um comentário