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terça-feira, 2 de novembro de 2010

 
"...Os olhos mal lubrificados veneravam-te as palavras ardentes que me penetravam. Durante toda a analogia sobre você, meus olhos não podiam piscar para não perder sequer um milésimo de teu gesto, para não esquecer sequer cada centímetro de tua pele que desencadeia tantos artifícios teus. Observei-te com tanto ardor, que meus olhos acabaram por ficar sequíssimos, enrugados, e minha pobre cabeça, no alicerce de seu êxtase, fez-se brandecer junto à imensidão vermelha e pulsante que governa o meu eu. Não importei-me em perder os meus olhos, estarrecidos ao chão, pois, a aquela altura, eu já tinha posse dos teus... a cada fração de segundo em que os olhei, recobri-os nas lembranças deliciosas de tê-los desfrutado; a cada segundo que mantive as redondas janelas de minha alma abertas para que nem por um fragmento de segundo você sumisse, valeu-me para que agora eu tenha você em minha mente, com cada detalhe embasbacado e adocicado de você..."
 
Isadora Tucci
 

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