SIGAM-ME OS BONS

A QUEM POSSA INTERESSAR

A maior parte dos textos aqui citados (por razões óbvias) não tem a autorização prévia dos seus legítimos proprietários. Entretanto, o uso neste blogue deve-se apenas a razões estritamente culturais e de divulgação, sem nenhum objetivo comercial, de usurpação de autoria e muito menos de plágio. A administradora do ARMADILHAS DO TEMPO pretende apenas expressar a sua admiração pessoal pelas obras e pelos autores citados, julgando assim contribuir para a divulgação da arte, da literatura e da poesia em particular. A ADMINISTRAÇÃO DO ARMADILHAS DO TEMPO respeitará inteiramente a vontade de qualquer autor que legitimamente manifeste a vontade de retirar qualquer texto aqui postado.

domingo, 31 de outubro de 2010

AS MÃOS DO QUERER

 
Acordei com as mãos do querer
Moldando meus sonhos
Um desalinho de formas
Que se combinam para compor
A justa medida do meu sentir.

Justapostas estão cor, forma e textura.
Formando cada pedaço da minha escultura.


Acordei com essas mãos
Que por vezes embalam meu sono
Como se fosse possível realizar meu sentir
Quando adormeço,
Desfazê-lo enquanto acordo...

Amanheço e anoiteço com essas mãos
E já não sei o que fazer para acalmá-las

Para contê-las esqueço de mim.
Nego o prazer de tê-las por perto.
Nego toda a alegria do toque suave
A delicadeza de um gesto
Que mesmo à distância
encanta meu ser.
 
Fujo delas com quem foge daquilo que não crê.
Resisto mesmo sem saber o porquê.

Acordo e adormeço com essas mãos a me guiar
Com promessas de que um dia
Não sei se próximo ou distante
Vou com elas poder ficar
Assim como quem ora para um santo.

Vou poder ficar com elas.
Escolher quando acordar
e quando adormecer.

Neste dia finalmente
Resgato a essência do sentir
Que no meu leito se instalou
Com as vestes de um lindo sonho de amor.

Não será preciso neste dia
Despir-se do prazer e da alegria
Pois que a vida se revela
Acima de qualquer sonho
Melhor do que toda a espera.

MÁRCIA TOITO

Nenhum comentário:

Postar um comentário