haja vigor para dizer o indizível
haja metáforas para tão cruel artifício
haja vida,
escorregadia
caótica
fantasmagórica
para alimentar a escrita
haja papel para se despejar
a insônia e seus sacrifícios
haja sol para expelir
resquícios e germinar
tantas ervas daninhas
é durante o dia que se capina
depois dela,
vai tudo para o lixo
coitado do poema!se perde nas cadências do improviso
se ausenta nos tantos vícios, quem sabe
um dia ele veja, entre as ramas, a maçã
suculenta
deliciosa
e aprenda à salivar os próprios sentidos...
já eu, temo ser um caso perdido!
Parole
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