Deus chama cada um de nós pelo nosso próprio nome.
Isso define nossa identidade e nossa idividualidade.
Ninguém foi feito para viver só e poucas coisas são tão pesadas quanto o vazio da solidão.
Paradoxalmente, para se viver bem com outros é fundamental viver bem consigo mesmo.
Ninguém é vida de ninguém. Ninguém e nada deve ser a vida de alguém. A dependência de alguém ou de alguma coisa para o que quer que seja, tira nossa liberdade de ser, possuir e alcançar frutos que só pertencem a nós.
Privilegiados são os momentos que passamos com a família, colegas,
amigos e pessoas que amamos. E privilegiados também devem
ser aqueles instantes necessários à nós mesmos,
não quando nos bastamos, mas quando nos satisfazemos,
sem a espera de um fator exterior que venha mudar nosso humor,
nosso olhar do mundo.
O que precisamos aprender é que somos parte integrante do mundo,
como células individuais que formam um corpo e dão sentido a um grupo inteiro.
As pessoas que depositam a felicidade, esperança e amor nas mãos de outros são as que se decepcionam com mais frequência e correm o grande risco de viver aleijadas no depois, quando a felicidade não chega, a esperança voa e o amor pousa em outros lugares.
É no silêncio que ouvimos as batidas do nosso coração. É quando outras vozes se calam que a nossa voz interior fala mais alto e profundamente e aprendemos o valor da vida.
Jesus retirava-se de vez em quando para orar. Se nos montes ou nos desertos, mostrou que momentos em que passamos sós não nos anulam ou diminuem, mas enriquecem quem somos e fortalecem os vínculos com nosso Criador.
Quem aprende a estar consigo, aprende a estar com os outros. Quem se conhece, dá mais de si. Aquele que vive bem com a vida não espera que façam, ele faz e o mundo acontece.
Letícia Thompson
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