POR MÁRCIA TOITO
Eu ainda vou descobrir porque você entrou na minha vida de forma tão devastadora e depois partiu sem ao menos dizer adeus.
Fica aqui comigo a eterna sensação da tua presença. Ou esse cheiro de volta toda vez que o pensar é visitado pela sua imagem bonita.
Esta mania que tenho de me culpar pelos erros dos outros. Fico achando que eu não devia ter falado ou feito sei lá eu o quê, quando na verdade você se foi porque quis e eu não poderia ter feito nada para impedir e nada do que eu tenha feito faria você partir se quisesse mesmo ficar perto de mim como sempre dizia.
O seu "pra sempre" durou tão pouco e não foi nem a metade do meu "às vezes".
Hoje vejo o quanto de ilusão me invadiu e o poço que por aqui ficou quando a realidade voltou.
É... eu me enganei. Pensei ter às rédeas, a batuta da orquestra, a regência do trono...Eu não tinha nada!
Enganei-me comigo, pensei ter sensibilidade para perceber quando alguém quer apenas sugar a parte boa
que tenho pra dar. Nem ao menos percebi que você além de me levar a energia, transitou de forma cruel por sobre as minhas angústias. Meu bom humor te fez alegre mas as minhas tristezas nunca te causaram sequer um abalo.
Você foi uma ARMADILHA GIGANTE NESSE MEU TEMPO TERRENO. Talvez ainda tenhamos que voltar outras tantas vezes à esta dimensão para que eu possa entender o questionamento implícito que fiz no início do texto.
Gostaria mesmo de te reencontrar. Só não nesta vida, pois sempre que te vejo a tristeza e a saudade são tão grandes que não me reconheço. Justo eu que sou tão alegre e não sei lidar com lamentos.
O que eu quero é te ver lá na frente, quando eu for e voltar de outro jeito. É certo que, também você, diferente virá. Entretanto, algo perdido no tempo trará o entendimento necessário para que eu enfim compreenda que luz é essa que se apagou quando você decidiu não ficar.
Márcia Toito
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