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sábado, 21 de julho de 2012

SÓ POR HOJE...



"...Engraçado que, quando a gente lê o Só por hoje, parece tão simples, tão óbvio. Mas mais engraçado ainda é perceber que, apesar de achar isso, a gente acaba vivendo, tantas vezes, exatamente o contrário. A gente vive o amanhã, a gente vive o mês que vem, a gente vive todo esse ano. Ou melhor, a gente tenta viver tudo isso e acaba não vivendo coisa nenhuma.
E sabe por que isso acontece? Porque a única coisa que realmente posso viver é o tempo presente. O hoje, o agora.  Quando tento viver o amanhã, o depois, o ano inteiro, acabo desperdiçando minhas energias e me frustrando, já que o amanhã será vivido em seu tempo, não hoje. Acabo elevando minha ansiedade à máxima potência, estressando-me também ao máximo e simplesmente me esgotando.
Só por hoje é, literalmente, uma dádiva. Quer um exemplo? Pra quem vive um momento de reeducação alimentar, pensar que é preciso controlar-se um ano inteiro, um longo período, é extremamente desanimador. Mas só por hoje é possível. Praqueles que precisam mudar velhos hábitos, pensar em fazê-lo constantemente é frustrante. Mas só por hoje é possível. Se você deseja passar em um concurso, pensar que deixará de lado sua diversão e terá que ficar focado nos estudos durante um longo tempo é desesperador. Mas só por hoje é possível.
O nosso mal é querer viver todas as eras e deixar de lado a mais importante: a do agora. É tatuar no braço o “Carpe diem” e esquecer de tatuá-lo na alma, no coração. É tentar antecipar tudo o que nos diz respeito e esquecer de respeitar a nós mesmo hoje, agora.
Só por hoje eu posso dizer não a algo extremamente delicioso sem ficar me martirizando por isso. Só por hoje, você pode acordar um tiquim mais cedo e ir correr no parque. Só por hojevocê pode respirar fundo e não cair na pilha daquele mala do seu trabalho. Só por hoje você pode dedicar-se ao estudo daquela língua que você quer tanto aprender. Só por hoje você pode investir mais na sua relação, surpreendendo o outro.
Só por hoje volta nossos olhos pro momento mais importante da nossa existência: o agora. E alivia nossa bagagem do peso extra do amanhã, fazendo da nossa jornada muito mais produtiva. E, consequentemente, muito mais leve e feliz.

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