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quarta-feira, 25 de julho de 2012

ESSE TAL SUICÍDIO

POR MÁRCIA TOITO





Cultivar e preservar o amor pela vida independente dos atropelos na nossa caminhada. Agradecer pelas bençãos que diariamente recebemos e nem sempre estamos atentos para perceber.
Aceitar nosso fardo ou livrar-se dele? Como agir quando o espelho não reflete quem somos? 


Quando o que brota não é o que foi plantado? Quando a semente atrofia mesmo com todos os cuidados?
Como fazer para mostrar a beleza que existe para quem só enxerga desgraça e tristeza? Para quem se coloca numa condição de difícil acesso?


Peço abrigo para me lado egoísta que anda cansado de mostrar virtudes e bençãos para quem só percebe desgraça e maldição. Ando sem forças para tentar, não consigo estender as mãos, pois o medo de ir também para buraco é maior do que a vontade de ajudar.


Acordei hoje pensando no tal suicídio, no quanto egoísta é esse ato, considerando os valores que tenho a respeito da vida.


Por mais sombras que possa haver em uma situação sempre busco a luz. Mas, sinceramente, não consigo mais consumir frutos podres. Aparentemente belos por fora e condenados de invasores por dentro. O gosto não é bom. Por questão de sobrevivência e bem estar não posso investir meus esforços para salvar o que já nasceu contaminado. Isso me entristece, porque sempre penso em deixar pra lá, fingir que não é bem assim, considerar  o que é útil mesmo que o sabor não seja muito bom.

Sei que há dor, desânimo, ausência de amor próprio, excesso de carências emocionais ou físicas. Sei dos monstros que diariamente temos que enfrentar desde os primeiros raios de sol até que este se esconda e traga a noite. Com ela as angústias, a insônia, a solidão, os antidepressivos, solidão e uma infinidade de fantasmas a nos assombrar.


Quanto de fé precisamos ter para superar tudo isso? Para que tipo de Deus devemos orar?
Não tenho respostas. Tenho apenas meu lado altruísta que insiste em buscar o melhor caminho. Em voltar caso não seja a melhor escolha. E buscar outro e mais outro e mais outro...

Preciso de tempo para assimilar os golpes! Por favor não me peça para andar quando quero descansar das minhas dores. Curar minhas feridas. Rever meus conceitos e não raro mudar meus valores. Não julgue meus instintos, não me cobre posturas, nem tão pouco queira que eu acredite que não existe um lado melhor. Um outro jeito de olhar. 

Sou avessa a tudo que pretende ser definitivo. Suicídio é definir que suas dores se acabem de qualquer forma.
E quanto as dores daqueles que ficam quando você definiu a morte como solução exclusiva?

Quando o mundo só traz o que te faz sofrer, talvez seja a hora de tentar aceitar a ajuda de quem busca a alegria e o bem estar. Eu busco isso, quero e mostro isso para todos que tenho afeto, carinho,amor...Só não sei como mostrar para quem se fecha, se encolhe ou me ataca dizendo que as coisas boas que conquisto são apenas e tão somente questão de boa sorte!!!

Eu vivo com os olhos abertos, com as janelas da alma abertas.Não estou sempre alegre.Contudo tenho a fé que me guia e a esperança que me cerca. Por isso, respiro ar puro e vejo cor e luz em todo lugar. Por isso também, consigo ver sombra, escuridão, medo e tristeza.  Não quero diminuir, menosprezar ou pintar uma arco- íris na dor de ninguém. Respeito as dores e o sofrimento alheio. Mas não quero essa bandeira pra mim. Recuso-me a alimentar e não acato ideias pessimistas, de auto destruição ou violentas a ponto de atentar contra a vida.

Tire dos olhos a tela que repete sempre o mesmo filme. Desate os nós da mente, as correntes do coração e busque o caminho que leve a vida. Sei que existe, que é bem longo e difícil, mais  difícil do que simplesmente querer o buraco que leva à morte!!


MÁRCIA TOITO

INSPIRADO NO TEXTO NÓS IMPORTAMOS DE IDOMIND MARIA


BLOG O JARDIM

Um comentário:

  1. :) Que sol forte!
    Quando conseguir transmitir esta mensagem com amor, vai conseguir fazê-la chegar :)
    Abraço forte leonina linda!

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