POR MÁRCIA TOITO
Junta meus cacos quem sabe consigo novamente a imagem que eu tinha de ti. Afinal, foi você quem me desmontou.
Um quebra cabeça de tantas peças que já nem consigo contar.
Perco-me nas cores, na riqueza dos detalhes, na luz e na sombra.
Também, nem tenho mais a figura inteira para me basear.
Assim, aos pedaços, não sei se consigo te ver como antes;
Fragmentada também está tua imagem diante dos meu cacos.
Seu colorido, antes tão intenso e definido, agora é um borrão quebradiço, impossível perceber a cor que inunda o teu dia.
Aos pedaços você me deixou, quando aos poucos foi se afastando e de uma só vez foi me condenando
a essa distância caleidoscópica.
Vitrais de dor, por conta do teu capricho desmedido.
Poderia ter me avisado, eu juntaria meus pedaços aos poucos.Colaria cada um deles a medida que fossem arrancados de mim. Mas penso que foi divertido dilacerar-me assim, sem chance de restauração.
Hoje quem me vê, nem sabe que sou obra sua. Que remontei-me diferente por ter perdido meu referencial.
Minha imagem ficou perdida pra sempre e hoje eu te olho justamente com as partes de mim que nem eu conhecia.
Difícil encaixar a peça fundamental que você foi nessa nova imagem que tenho de mim.
MÁRCIA TOITO
Junta meus cacos quem sabe consigo novamente a imagem que eu tinha de ti. Afinal, foi você quem me desmontou.
Um quebra cabeça de tantas peças que já nem consigo contar.
Perco-me nas cores, na riqueza dos detalhes, na luz e na sombra.
Também, nem tenho mais a figura inteira para me basear.
Assim, aos pedaços, não sei se consigo te ver como antes;
Fragmentada também está tua imagem diante dos meu cacos.
Seu colorido, antes tão intenso e definido, agora é um borrão quebradiço, impossível perceber a cor que inunda o teu dia.
Aos pedaços você me deixou, quando aos poucos foi se afastando e de uma só vez foi me condenando
a essa distância caleidoscópica.
Vitrais de dor, por conta do teu capricho desmedido.
Poderia ter me avisado, eu juntaria meus pedaços aos poucos.Colaria cada um deles a medida que fossem arrancados de mim. Mas penso que foi divertido dilacerar-me assim, sem chance de restauração.
Hoje quem me vê, nem sabe que sou obra sua. Que remontei-me diferente por ter perdido meu referencial.
Minha imagem ficou perdida pra sempre e hoje eu te olho justamente com as partes de mim que nem eu conhecia.
Difícil encaixar a peça fundamental que você foi nessa nova imagem que tenho de mim.
MÁRCIA TOITO
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